O Papa é infalível - Mons. de Segúr
Por: Mons. Louis-Gaston de Segúr
Tradução por: Gabriel Sapucaia
O
PAPA É INFALÍVEL
Mgr Louis-Gaston de Ségur (1820-1881)
O Papa é infalível. Opúsculo popular.
Paris, Tolra et Haton, 1870
I
Que o Concílio do Vaticano definiu a infalibilidade do Papa em nome e pela
autoridade de DEUS mesmo.
Todos sabem o que aconteceu recentemente em Roma. Para remediar os males da
Igreja e da sociedade, o Papa Pio IX reuniu em Roma, na grande Basílica do
Vaticano, todos os Bispos do mundo em Concílio Ecumênico; e o Concílio, para
fortalecer a autoridade da Igreja e de seu Chefe, definiu, ou seja, proclamou
solenemente a infalibilidade do Papa. A infalibilidade é o privilégio de não
poder ensinar o erro. Quando o Concílio declara que o Papa é infalível, ele
declara que todas as vezes que ele ensina a Igreja universal, o Vigário de
Jesus Cristo ensina sempre e necessariamente a verdade.
É Deus, é Jesus Cristo quem fundou na terra e constituiu a Igreja; e foi Ele
quem dividiu a Igreja em duas partes, unidas mas distintas, a Igreja ensinante
e a Igreja ensinada. A Igreja ensinada é formada pelos leigos e pelos simples
sacerdotes, que em nenhum caso são juízes da fé. A Igreja ensinante, pela qual
Deus ensina e governa os fiéis espalhados por toda a terra, é composta pelo
Papa e pelos Bispos; e como é o próprio Deus quem fala por ela, quem por ela
ensina, comanda, condena, perdoa, tudo o que a Igreja ensinante liga ou desliga
na terra, está ao mesmo tempo infalívelmente ligado e desligado nos céus.
Em outras palavras, a Igreja ensinante é infalível; ela não pode se enganar nem nos enganar; ela é imediatamente assistida por Deus. Ora, o Concílio não é outra coisa senão a Igreja ensinante reunida; e é por isso que o Concílio é infalível, e que todos os seus decretos, todas as suas decisões têm um caráter de autoridade soberana e divina. Todos devem se submeter a isso; todos, sem exceção.
E isso é muito simples: quem tem o direito de não se submeter a Deus? Ao definir, como fez, que o Chefe da Igreja é infalível em seu ensinamento, o Concílio falou em nome do próprio Deus; é o Espírito Santo que, para o bem de nossas almas e para a salvação do mundo, falou pela grande voz do Concílio, e nos disse, entre outras verdades salutares: "O Papa, Chefe da Igreja infalível, é infalível ele mesmo; e nunca os Bispos, os sacerdotes e os fiéis podem se enganar quando escutam sua palavra."
II
O que é o Papa, e como ele é o Chefe supremo da Igreja.
Um dia, o venerável Arcebispo de Rennes encontrou, em uma de suas visitas pastorais,
um bravo camponês que, ajoelhando-se aos seus pés, lhe pediu sua bênção. O
excelente Prelado o interrogou um pouco sobre seu catecismo. Era em 1860, no
início das desgraças de Pio IX; todo mundo falava de Roma e do Papa: "Meu
filho, disse o Arcebispo, você sabe o que é o Papa?" O bom homem começou a
coçar a orelha; ele sabia bem mais ou menos, mas não conseguia expressar o que
pensava. "O Papa, Monsenhor ..., o Papa, disse ele ..., na fé, ele é um
que se estivesse aqui, você não seria muito grande coisa!" O bom Arcebispo
riu de bom coração com essa resposta original. "Você tem razão, meu filho,
disse-lhe: Eu sou, assim como você, o filho espiritual do Santo Padre;" e
ele o deixou, depois de abençoá-lo. Certamente, um bispo é algo muito grande;
um Bispo é mais que um rei: e, no entanto, o que é um Bispo, ao lado do Papa?
Não é uma ovelha, ao lado do Pastor? Uma estrela, ao lado do sol? O Papa é o
Chefe supremo da religião cristã. Ele é o sucessor de São Pedro, primeiro Bispo
de Roma e primeiro Sumo Pontífice da Igreja de Jesus Cristo; e é porque ele é
Bispo de Roma e sucessor de São Pedro que o Papa é o Chefe espiritual de toda a
Igreja. É nessa qualidade que ele herda as promessas divinas feitas a São
Pedro, a quem Jesus Cristo declarou que faria repousar sobre ele, e somente
sobre ele, todo o edifício de sua Igreja; que lhe daria as chaves do reino dos
céus; que sua fé nunca poderia falhar, para que ele, por sua vez, pudesse
confirmar seus irmãos; finalmente, que ele o estabelecia, em seu lugar, Pastor
de suas ovelhas e de seus cordeiros.
O Papa é, portanto, o herdeiro dessas promessas divinas e magníficas. Ele é o
Chefe, a cabeça, o centro de toda a Igreja; ele é o grande intendente da casa
de Deus, o tenente-general do reino de Deus, ou seja, da Igreja de Deus. Ele é
o Vigário, o representante visível, o tenente-general de Jesus Cristo Nosso
Senhor; e porque Jesus Cristo o confirma na infalibilidade da fé, ele é, por
sua vez, o confirmador de seus irmãos, ou seja, o Doutor infalível de todos os
Bispos, de todos os sacerdotes, de todos os batizados.
Ele é o Pastor, o Condutor, o Bispo da Igreja universal, o Bispo dos Bispos, o
Pastor dos Pastores, o Doutor dos Doutores, o Pai dos Pais, o Chefe dos Chefes.
Todos devem reverenciar o Papa como o representante visível do Filho de Deus
aqui na terra. Obedecer-lhe, desobedecer-lhe, não é obedecer ou desobedecer a
um homem: é obedecer a Deus, é desobedecer a DEUS. O Papa, ou melhor, Jesus
Cristo no Papa, é, portanto, o Chefe único da verdadeira religião; ele é o Pai
de nossas almas, o Pai de todo o povo cristão; e um dia virá em que todos os
povos do mundo reunidos na mesma fé formarão um só rebanho sob a guia pastoral
do Papa, Vigário de Jesus Cristo. Quanta grandeza acumulada sobre a cabeça de
um homem! Que digno representante do Homem-Deus! E de quanta divina majestade
Nosso Senhor faz resplandecer seu Vigário!
III
Como é muito simples que o Papa seja infalível quando nos fala como Chefe da
Igreja.
Quando o Papa ensina, quando declara à Igreja que tal doutrina é verdadeira ou
falsa, que tal linha de conduta é boa ou má, é Jesus Cristo ele mesmo quem fala
pela boca de seu Vigário; e como Jesus Cristo é a verdade infalível, ele nunca
permite que seu Vigário possa ensinar o erro. Ele o assiste de forma tão
poderosa que o mantém na verdade, segundo a promessa que lhe fez: "Eu orei
por ti, para que tua fé não possa falhar." Não é muito simples que, apesar
de ser um homem, o Papa, assim assistido por Nosso Senhor, não possa se
enganar? E além disso, a fé nos ensina que cada Bispo, cada sacerdote, cada
fiel é obrigado em consciência, sob pena de revolta e cisma, a submeter sua
mente ao ensinamento do Papa, a crer de coração em tudo o que ele diz; o
silêncio respeitoso não basta: é necessária a fé, a fé propriamente dita, a
submissão plena e total da mente, do julgamento e do coração. Desde então, não
é evidente que se o Papa pudesse se enganar, toda a Igreja se enganaria
necessariamente com ele? Ora, também é de fé que a Igreja Católica não pode
sair dos caminhos da verdade, que ela possui e possuirá sempre a verdadeira fé,
em suma, que ela é infalível. O Papa é, portanto, infalível porque é o Chefe
supremo da Igreja infalível, que deve sempre obedecer-lhe. Ele é seu Chefe, ou
seja, sua cabeça. Ela o segue em toda parte e necessariamente, como o corpo e
os membros seguem a cabeça em toda parte. Para que o corpo não se desvie, é
absolutamente necessário que a cabeça não possa se desviar. O Papa guia a
Igreja: essa é sua função necessária; a Igreja deve segui-lo, e ela o segue
sempre: Ora, se ele se desviasse, ela se desviaria forçosamente com ele.
Portanto, ele não pode se desviar; portanto, ele não pode ensinar o erro;
portanto, ele é infalível. Isso não é claro como o dia?
IV
Ideias ridículas que às vezes se tem sobre a infalibilidade do Papa.
Há pessoas que acreditam ingenuamente que, porque o Papa é infalível, ele não
pode dizer uma palavra que não seja um oráculo. Assim, um belo dia, o Papa dirá
ao acordar que dormiu mal, que o tempo deve estar para tempestade: palavra infalível,
dogma de fé! Ele dirá: "Tragam-me minha caixa de rapé, ela está na minha
escrivaninha;" – dogma de fé, que será necessário acreditar para ser
salvo. Ele pedirá ao seu camareiro uma batina mais larga; a que lhe apresentam
é, diz ele, muito estreita; oráculo inspirado, palavra infalível! Um enganador
se apresenta em sua audiência; o bom Papa acredita nas protestações de devoção
que lhe são feitas; ele diz desse hipócrita: "É um homem de bem." –
será necessário acreditar, pois o Papa é infalível. Ah não, mil vezes não! São
essas tolices que ridicularizam a fé e afastam uma quantidade de espíritos
honestos. É necessário distinguir aqui: no Chefe da Igreja, há o Papa e o
homem. O homem é falível, como todos os outros homens. Quando o Papa fala como
homem, como pessoa privada, ele pode perfeitamente se enganar, mesmo quando
fala sobre coisas sagradas. Como homem, o Papa não é mais infalível que você ou
eu. Mas quando ele fala como Papa, como Chefe da Igreja e como Vigário de Jesus
Cristo, é outra história. Então ele é infalível: não é mais o homem que fala, é
Jesus Cristo quem fala, quem ensina, quem julga pela boca de seu Vigário. Ora,
como Chefe da Igreja e Vigário de Jesus Cristo, o Papa tem a missão de guardar
puro e intacto o depósito da fé, de manter em toda parte a pureza da doutrina
cristã e da prática da religião, de fazer reinar Jesus Cristo sobre o mundo, de
salvar e santificar os homens, de proclamar em todas as coisas a verdade e a
justiça, de condenar o erro, a injustiça e o pecado. Essa é sua missão, sua
missão sagrada; ele não tem outra. É a missão própria da Igreja, a missão de
Jesus Cristo, Chefe celestial da Igreja. O Papa é infalível em tudo isso; mas,
fora disso, ele não é de forma alguma infalível. Em outras palavras, ele é infalível
quando fala como Papa, mas não quando fala como homem. E ele fala como Papa,
quando ensina publicamente e oficialmente verdades que interessam a toda a
Igreja, por meio do que se chama uma Bula, ou uma Encíclica, ou algum outro ato
desse tipo. Na prática, os simples fiéis sabem que o Papa falou como Papa,
quando o aprendem de seu Bispo e de seu pároco, desde que (e isso não é difícil
de saber) o Bispo ou o pároco não seja herético ou cismático, ou seja, em
oposição evidente com os ensinamentos do Chefe da Igreja.
V
Que não é para si mesmo, mas para nós que o Papa é infalível.
A infalibilidade do Papa deve nos ser tão querida quanto o dom da fé, quanto a
esperança da salvação. Por que, de fato, o bom Deus quis que seu Vigário fosse infalível,
senão para assegurar a todos nós uma fé isenta de erros e uma luz totalmente
certa que guie nossos passos no caminho da santidade eterna? Por que o Papa é infalível?
É para sua satisfação pessoal? É por um desígnio de orgulho e dominação?
Evidentemente não. A autoridade nunca é dada a um homem senão para o bem dos
outros; e essa regra é, se possível, ainda mais verdadeira em matéria de
autoridade religiosa. O sacerdote é sacerdote para si ou para os outros? Não é
para os outros, unicamente para os outros, que ele recebe esse poder de pregar
a Religião, de perdoar os pecados, de celebrar a Missa, de administrar os
sacramentos, de dirigir as consciências? O bispo também não é bispo para si
mesmo, mas sim para seus diocesanos. Ele é revestido dessa grande e bela
autoridade episcopal apenas para santificar seu clero, e, por meio desse clero
assim santificado, salvar as almas, fazer reinar o bom Deus em toda sua
diocese, e, com o bom DEUS, a paz, a justiça, a verdadeira felicidade. Eis por
que o Bispo é Bispo. O mesmo se aplica ao Sumo Pontífice. A suprema e infalível
autoridade não lhe é dada para si mesmo, mas para a Igreja, para cada um de
nós. De fato, é graças à sua autoridade soberana em matéria de religião que a
fé se mantém pura em toda a Igreja, que os erros são condenados, que os
sacramentos nos são administrados, que o culto divino é celebrado como convém;
em suma, que os caminhos da salvação permanecem sempre abertos e acessíveis a
cada um de nós. O Papa é Papa por nós, e sua autoridade, sua infalibilidade são
o verdadeiro tesouro dos Bispos, dos sacerdotes e dos cristãos. É por isso que,
embora seja o Chefe e o Superior de todos, o Papa é verdadeiramente o Servo de
todos, "o Servo dos servos de Deus". Ao ouvir certas pessoas,
dir-se-ia realmente que o Papa não é para eles, mas contra eles; que sua
autoridade diminui a deles; que sua infalibilidade só serve para humilhar os
cristãos e para lhe dar orgulho. Essas mentes são muito pouco católicas; e
esquecem que tudo, na Igreja, é instituído para o bem e a felicidade dos filhos
de Deus. A autoridade e a infalibilidade do Papa são uma das maiores provas de
amor, de misericórdia, de bondade, que a Providência pôde dar a cada um de nós.
Portanto, é por nós que o Papa é infalível; é por vocês, ingratos, que o
atacam.
VI
Como o Papa pode ser infalível, embora seja apenas um homem.
Primeiro, uma vez que sabemos que ele é infalível, importa muito pouco saber como ele o é. Se ele o é, ele pode ser. Ora, é de Fé que ele o é. Em segundo lugar, o que há de impossível em que o bom Deus ilumine e assista tão bem o espírito de um homem em determinadas circunstâncias que esse homem não possa ensinar o erro? Evidentemente, não há nada de impossível nisso. Diria mais: não há nada de surpreendente, uma vez que a Igreja é o reino de Deus na terra, e que o homem escolhido para ser o seu Chefe é o Vigário, o representante de Deus. Não está perfeitamente em ordem que o Vigário de Deus, o Chefe supremo da Igreja, seja o Doutor infalível da verdade? Já dissemos: não é como homem, é como Papa que o Sumo Pontífice é infalível; é como Papa, e quando fala como Papa, que ele é assistido pelo Espírito da verdade. A fraqueza natural do espírito humano não interfere, e não coloca nenhum obstáculo à ação de Deus sobre o seu Vigário. Acrescentemos que essa assistência sobrenatural do bom Deus nunca recai sobre uma terra que não esteja maravilhosamente preparada para recebê-la; pois, todas as vezes que os Sumo Pontífices tiveram que definir, ou seja, decidir soberanamente um ponto de doutrina, sempre se cercaram de infinitas precauções: orações, estudos aprofundados, conselhos e consultas de todo tipo, pareceres prévios de teólogos eruditos, Cardeais, Bispos; nada é poupado. De modo que, mesmo do ponto de vista puramente humano, já haveria ali tais elementos de verdade, um feixe de luzes e de ciência tão grande, que seria muito difícil se enganar. Com a assistência divina por cima disso, a infalibilidade doutrinal do Sumo Pontífice não é, me digam, algo bastante simples?
VII
Se o Papa é impecável porque é infalível.
De jeito nenhum. Mesmo
sendo infalível como Vigário de JESUS CRISTO, o Papa não deixa de ser passível
de pecado, porque ele não deixa de ser homem.
Se fosse necessário para o bem da Igreja e a salvação do mundo que o Chefe da
Igreja fosse impecável, quem duvida que Deus o teria feito impecável como o fez
infalível? Isso não era necessário: ele não o fez.
O que é necessário, de fato, para a Igreja? Que ela tenha uma regra certa e infalível
em matéria de crença; e ela a tem, por meio da infalibilidade de seu Chefe;
depois, que ela tenha uma autoridade soberana, indiscutível, certamente santa,
em matéria de direção e de conduta; e essa autoridade, ela a encontra na
suprema autoridade, à qual nunca é permitido desobedecer.
Isso é o que é necessário para a Igreja. Mas não se vê para que serviria a
impecabilidade de seu Chefe. Se o Papa fosse impecável, essa graça seria
certamente muito preciosa para ele; mas serviria apenas a ele. Para a condução
da Igreja, sua infalibilidade e sua autoridade soberana bastam completamente.
VIII
Como um mau Papa pode ser e é infalível, assim como um bom.
O que já foi dito explica
perfeitamente isso, me parece. Não é porque ele é bom e santo que o Chefe da
Igreja é infalível; é porque ele é Papa; é porque ele é Vigário de Deus e Chefe
supremo da Igreja.
Da mesma forma que um mau sacerdote não deixa de ser sacerdote, de modo que sua
missa, suas absolvições, etc., são válidas; da mesma forma, um Papa, que
tivesse o infortúnio de não ser virtuoso e santo, não deixaria de ser Papa, e,
como tal, de usufruir de todos os privilégios concedidos por Deus à Papado. Por
mais mau que se suponha, ele não deixaria de ser o Papa, o representante
visível de Jesus Cristo, o Pastor e o Doutor infalível de toda a Igreja.
Desprezível como homem, ele seria sempre venerável como Papa, e Nosso Senhor,
cujas promessas são imutáveis, o tornaria tão facilmente infalível como se
estivesse lidando com um homem santo e puro.
Na longa série dos duzentos e cinquenta e oito papas que, desde São Pedro até
hoje, governaram a Igreja de Deus, houve dois Papas que foram notoriamente
indignos de sua santa missão; e Deus permitiu que esses dois indignos não
tivessem que definir nenhuma verdade durante seu Pontificado.
Nunca um Papa se enganou ao ensinar a fé, porque Deus providenciou isso,
mantendo seu Vigário, seja ele quem fosse, bom ou mau, acima da fragilidade
natural da inteligência humana, que pode sempre se enganar, que pode sempre
falhar.
Assim, do ponto de vista da autoridade e da infalibilidade, importa muito pouco
que o Papa seja bom ou mau, justo ou pecador.
IX
Se se pode ser católico sem acreditar na infalibilidade do Papa.
Não; porque, para ser
católico, é preciso acreditar em todas as verdades que a Igreja Católica ensina
ao mundo em nome de Deus. Ora, a Igreja Católica, reunida em Concílio no
Vaticano, acaba de proclamar infalívelmente, como dogma de fé, a infalibilidade
do Papa. Seria herético se se recusasse a acreditar nisso.
A infalibilidade do Chefe da Igreja é uma verdade revelada desde a origem por
Nosso Senhor aos seus Apóstolos; uma verdade que foi crida praticamente em
todos os séculos; uma verdade da qual a Igreja viveu e que o Concílio do
Vaticano acaba de definir, porque espíritos mal-formados haviam perturbado as
consciências ao atacá-la violentamente. Não é "um dogma novo", como
alguns pretenderam: não há dogmas novos na Igreja; o que há de novo é o decreto
pelo qual a Igreja declara solenemente que tal ou tal crença faz parte do
depósito das verdades reveladas.
O Concílio, ou seja, a Igreja ensinante, tendo definido como dogma de fé a infalibilidade
do Sumo Pontífice, não acreditar nisso seria negar a infalibilidade do
Concílio, a infalibilidade da Igreja ensinante; ora, essa infalibilidade sempre
foi um dogma indiscutível, indiscutido, absolutamente certo. Em suma, o decreto
do Concílio do Vaticano que definiu a infalibilidade do Papa não fez outra
coisa senão precisar melhor, determinar melhor o grande dogma da infalibilidade
da Igreja.
Portanto, todos são obrigados, sob pena de pecado mortal, sob pena de heresia e
apostasia, a acreditar, do fundo do coração, sem qualquer restrição, que o Sumo
Pontífice não pode errar quando ensina à Igreja. Deve-se acreditar nisso,
porque é uma verdade divina e revelada, uma verdade definida pela Igreja.
Deve-se acreditar com o coração, e professar com a boca, assim como se acredita
em todas as outras verdades da fé: a Trindade, a Encarnação, a presença real,
etc.
Se alguém recusasse esse ato de fé, não poderia mais receber os sacramentos:
não seria mais filho de Deus nem da Igreja.
Aviso a todos aqueles que tiveram a imprudência de ler esses panfletos, esses
jornais onde a autoridade do Sumo Pontífice foi indignamente atacada e
ridicularizada de mil maneiras; onde a liberdade do Concílio do Vaticano foi
diariamente posta em dúvida com tanta leviandade quanto audácia; onde a
história foi desfigurada e a ciência distorcida; onde o veneno da heresia foi
habilmente destilado, a fim de envenenar as almas.
Oh! Quão culpados ou, pelo menos, cegos foram os homens que conduziram essa
conspiração! Quantas milhares de almas eles desviaram! De quantos blasfêmias
contra a fé não são, e talvez não serão por muito tempo ainda, responsáveis
diante de Deus!
Deixemos que falem: eles estão enganados. Não dê ouvidos aos seus discursos
mais ou menos capciosos. Não sempre houve um carregamento de argumentos ao
serviço das piores causas?
Seja quem for, leigo ou eclesiástico, padre, religioso, até mesmo Bispo (Deus
nos livre!), separemo-nos deles sem discutir e permaneçamos a todo custo fiéis
a Deus, permanecendo fiéis ao seu infalível Vigário.
X
Se é verdade, como se ousou dizer, que o Concílio do Vaticano não foi nem
realmente ecumênico, nem realmente livre.
Quando os adversários da infalibilidade
do Papa viram que a discussão não estava indo de acordo com suas pretensões,
alguns deles, para escapar do decreto que os condenaria, começaram a dizer:
"O Concílio não é realmente ecumênico; o Concílio não é realmente
livre!"
Essa dupla pretensão realmente não faz sentido.
Jamais Concílio foi mais ecumênico, foi mais livre que o Concílio do Vaticano.
O que faz um Concílio ser realmente ecumênico? Quatro condições: 1º que seja
convocado pelo Papa; 2º que todos os bispos sejam convocados; 3º que seja
presidido pelo Papa em pessoa, ou por seus Legados; 4º que seus decretos sejam
confirmados pelo Papa.
Ora, não é claro como o dia que o Concílio do Vaticano preencheu plenamente
essas quatro condições? Portanto, ele é perfeitamente ecumênico.
Ele não foi menos perfeitamente livre. A liberdade só pode ser tolhida pela
violência ou pelas ameaças de algum inimigo do Papa ou dos Bispos. Ora, no
Concílio do Vaticano, nada semelhante ocorreu. Os governos não se envolveram
(graças a Deus); e os revolucionários não ousaram se mover: não houve,
portanto, a menor pressão externa.
Não houve mais pressão interna. O regulamento do Concílio, verdadeira
obra-prima de prudência, sabedoria e previsão, deixou a todas as opiniões a
plena liberdade de se manifestar, seja por escrito, seja verbalmente; somente
os abusos foram prevenidos e afastados. Uma paciência verdadeiramente admirável
presidiu todas as discussões; foi preciso um preconceito de paixão para ousar
dizer o contrário.
Na única discussão sobre a infalibilidade, já amadurecida por uma quantidade de
escritos a favor e contra, mais de cem Bispos falaram durante uma hora, uma
hora e meia, duas horas; a questão foi apresentada sob todos os ângulos; e o
encerramento dos debates, sempre solicitado e votado de acordo com todas as
regras, nunca impediu que nenhuma luz se manifestasse.
O Papa, Chefe do Concílio, respeitou até o fim a liberdade dos Bispos; os
Bispos respeitaram com justo amor a autoridade do Papa. O que pode haver de
mais livre que este grande Concílio!
A autoridade só reprimiu a licença.
Aqueles que afirmam que o Concílio do Vaticano não foi nem livre nem ecumênico
ou não sabem o que dizem, ou são espíritos rebeldes que procuram esquivar-se
das decisões da santa Igreja. São ou ignorantes ou traidores. Não é permitido a
nenhum católico avançar tais coisas. Seria realmente muito conveniente escapar
assim à obediência. Jamais nenhum herege poderia ser convencido e condenado.
XI
Que a causa do Papa é nossa causa, de todos nós.
Não se pensa o suficiente: a causa do Papa é, para cada um de nós, uma causa pessoal, uma causa da qual depende diretamente nossa felicidade ou infelicidade, aqui na terra primeiramente, e depois na eternidade. Vejam só:
Sem o Papa, não há Igreja, assim como não há corpo vivo sem cabeça, nem exército sem comandante. Sem a Igreja, não há cristianismo: a Igreja é a guardiã divina do cristianismo, da fé, do Evangelho, da moral cristã, dos sacramentos, de todos os canais da graça. Finalmente, sem a religião cristã, o mundo inteiro cai novamente na barbárie pagã, ou seja, na odiosa dominação do homem sobre o homem, no culto e na prática de todos os vícios, e em todos aqueles horríveis abusos que se chamavam cesarismo, escravidão, poligamia, culto ao demônio.
Na prática, a paz e a felicidade da humanidade repousam, portanto, sobre a religião cristã, que é a única religião verdadeira; sobre a Igreja Católica, que é a única Igreja verdadeira; e, no topo da Igreja, sobre o Papa, único Chefe supremo da Igreja.
O que afeta o Papa interessa a todos, até o último fiel. As sociedades secretas, que estendem seus tentáculos por todo o mundo, fazem hoje uma guerra mortal ao Papado. Se elas conseguirem vencer, mesmo que apenas por um tempo, todos os bispos, todos os cristãos seriam imediatamente atingidos, assim como todos os membros, todos os órgãos de um homem são mortalmente atingidos pelo golpe que derruba ou quebra a cabeça. Na prática, o Papa é, para nós, a paz no serviço de Deus, a segurança na fé, a luz no caminho do dever e da salvação; é a posse tranquila e o desfrute das coisas santas, das consolações divinas da Religião, tanto na vida quanto na hora suprema da morte; é o batismo de nossos pequeninos; são as alegrias inefáveis da primeira comunhão; é a pregação regular da palavra de Deus, a celebração do Santo Sacrifício e de nossas belas festas religiosas; é Jesus Cristo permanecendo conosco em seus tabernáculos; é o consolo do perdão no confessionário; é a manutenção da família cristã; é a educação religiosa da juventude; é a conservação dos verdadeiros princípios e das boas condutas; em suma, é a felicidade pública, é a paz, a salvação das sociedades cristãs, das famílias e dos indivíduos. Eis o que é o Papa para nós, eis o que o Papa nos representa, o que ele nos traz, o que ele nos conserva. Eis o que é sua causa.
Para negar isso, seria necessário negar a fé, negar a missão divina da Igreja, negar Jesus Cristo, negar Deus; ou seja, perder a cabeça.
Nós, católicos, somos os grandes benfeitores do mundo, pelo simples fato de que mantemos firmemente os direitos, a causa sagrada do Papa, contra todos.
Essa causa é a causa de Deus, a grande causa da salvação pública; não podemos nos dedicar demais a ela. Custe o que custar, precisamos fazer com que ela triunfe; caso contrário, o mundo estará perdido.
XII
Por que a causa do poder temporal do Papa é uma causa religiosa pela qual
todo cristão deve se interessar profundamente.
Ora, é muito simples: o poder temporal do Papa é a garantia da independência de seu poder espiritual; o Papa é Rei apenas para poder exercer livremente seu ministério de Papa: por isso a causa do poder temporal é, no fundo, qualquer que seja o que se diga, uma causa inteiramente religiosa, uma causa muito mais espiritual do que temporal.
É também por isso que os inimigos da Igreja atacam com todas as forças esse pobre poder temporal e tentam fazer com que pareça uma questão puramente política. Eles sabem bem que não é nada disso; eles sabem o que querem: o derrubamento do Chefe da Igreja, e consequentemente da própria Igreja; mas, para não assustar demais os povos, em sua opinião ainda muito cristãos, eles envolvem seu complô no manto da política e acreditam que, a partir daí, tudo é permitido contra São Pedro.
O que é doloroso é ver milhões e milhões de pessoas boas caírem na armadilha, acreditando ingenuamente no que esses sedutores sussurram em seus ouvidos. Eles acabam se aliando aos ímpios, e quando o crime for consumado (se Deus permitir que isso aconteça algum dia) será tarde demais para se arrependerem de maneira útil.
Por favor, unamo-nos como os soldados de um mesmo exército, e não deixemos o inimigo despir o Rei de nossas almas; unamo-nos como os membros de uma mesma família, e não deixemos que os ladrões roubem os bens de nosso pai. O Papa precisa ser protegido e cercado pela majestade do poder real, porque ele é o pai espiritual da grande família humana, que deve a si mesma manter seu Chefe em um estado de liberdade e grandeza proporcional à sua dignidade suprema. É como Rei, e não apenas como homem, nem como bispo, que o Papa tem direito à assistência eficaz de todos os cristãos. Essa assistência deve ser grande, deve ser real, como convém a um Pontífice-Rei; e não se pode exaltar demais a importância, a excelência, a necessidade da grande obra católica do Óbolo de São Pedro.
O Óbolo de São Pedro é uma esmola: sim; mas é uma esmola católica e real. É a esmola gloriosa que os filhos de Deus têm a honra e a felicidade de oferecer a cada ano ao Vigário de Jesus Cristo para ajudá-lo a viver de uma maneira digna da santa Igreja Católica, ou seja, como um Rei.
Fechemos os ouvidos às calúnias absurdas da má imprensa, em relação ao poder temporal e aos abusos do Óbolo de São Pedro. Não nos cansemos de dar ao Santo Padre. Ele precisará de nós, enquanto seus inimigos mantiverem injusta e sacrilegamente quatro quintos de seus Estados, que antigamente eram amplamente suficientes para todas as suas necessidades de Rei-Pontífice. Sobretudo, nunca nos deixemos seduzir pelas belas palavras desses senhores, e não esqueçamos que em várias ocasiões, e em particular nas grandes solenidades do Centenário, em 1867, o Papa, e com ele todo o episcopado, proclamou solenemente a necessidade do poder temporal; ele declarou que, no estado atual do mundo, o poder temporal era a única verdadeira garantia da independência de seu ministério espiritual; e ele novamente excomungou todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, por suas palavras, ou por seus escritos, ou por seus atos, direta ou indiretamente, ousassem atacar o poder temporal da Santa Sé. Julguem por isso se essa causa deve ser cara a um coração cristão!
XIII
Por que a Revolução é a inimiga mortal do Papa e da Igreja.
O que se chama Revolução é uma grande e universal revolta da sociedade contra Nosso Senhor Jesus Cristo e contra sua Igreja. É um conjunto de supostos princípios, ideias e sistemas, promovidos no século passado por Voltaire, Rousseau e alguns outros ímpios, a fim de descristianizar a sociedade. É isso que é a Revolução, nada mais, nada menos. É a guerra contra a Igreja, erguida como princípio, é a guerra contra todas as instituições sociais da Igreja, e, consequentemente, contra a monarquia cristã, tal como a Igreja a deu ao mundo sobre as ruínas do cesarismo pagão e da escravidão.
Um revolucionário é, portanto, um homem que adota esses princípios e essas ideias detestáveis, que se deixa enganar pelas ilusões desses sistemas como pelas engrenagens de uma máquina. Ele pode não ser um homem mau, um radical, como se diz; mas, saiba ele ou não, queira ele ou não, ele é um revolucionário, um homem de princípios falsos, de princípios anticatólicos; ele é um soldado da Revolução; ele está no campo dos inimigos mortais de Jesus Cristo, da Igreja e da fé. Certamente, não há nada nisso para se brincar, e é preciso olhar isso de perto.
Há revolucionários em todos os níveis da sociedade; há muitos entre os homens de Estado, nas Câmaras, nos palácios e até nos tronos. Quanto mais altos são os postos que ocupam, mais perigosos são.
Que a Revolução seja a inimiga obstinada do Papa, ninguém se atreve a negar; isso não é apenas evidente e amplamente reconhecido, mas, além disso, é necessário: a Revolução rejeita o Papa e a Igreja, assim como a noite rejeita o sol e a luz; e, reciprocamente, o Papa rejeita a Revolução, assim como o dia rejeita e combate a noite.
De que lado nos posicionaremos? Sob qual chefe, em qual exército queremos lutar? Não há escolha, é preciso lutar; ninguém pode permanecer neutro. "Aquele que não está comigo está contra mim", disse Jesus Cristo. O Papa, seu Vigário, repete esse mesmo grito de guerra e de salvação: "Aquele que não está comigo, está contra mim." Esse também é, aliás, o lema da Revolução e de Satanás, seu digno pai.
Se não queremos renegar nosso batismo, nossa fé, nosso Deus; se queremos salvar nossa alma e contribuir para salvar a França e o mundo, sejamos verdadeiros católicos, e detestemos com todas as nossas forças, rejeitemos todas essas ideias insalubres e mortais que a Revolução semeia abundantemente em todos os níveis da sociedade.
Ela as semeia em nome da política, por meio da maioria dos governos modernos, que perderam a fé. Ela as semeia em nome sagrado da "Lei", que ela faz servir ao mal e à injustiça. Ela as semeia através da imprensa, por milhares de jornais, por milhões de romances, panfletos e livros ruins, que infiltram os princípios revolucionários tanto no campo quanto na cidade, entre os pobres como entre os ricos, nas oficinas, nas cabanas, nos palácios e nas academias. Ela contamina nossa juventude por sistemas de ensino e educação sem religião. Ela penetra em todos os lugares; quer invadir tudo.
Às vezes, ela até se disfarça com a máscara da Religião; diz que é cristã, que ama e venera a moral do Evangelho e que ataca a Igreja e o sacerdócio apenas para eliminar abusos e dar aos povos uma religião mais pura. Esse é, entre outros, o jargão das Lojas maçônicas, uma instituição essencialmente anticatólica, que esconde seu verdadeiro espírito sob a aparência de caridade e fraternidade. Resistamos a todas essas manobras traiçoeiras. Sejamos cristãos de verdade. Guardemos a pureza de nossos princípios: eles vêm de Deus, eles são verdadeiros; só eles trazem a felicidade. Cuidemos de nossas leituras, especialmente dos jornais. Ouçamos docilmente a voz de nossos sacerdotes. A Revolução é a grande inimiga de Deus e dos filhos de Deus: combatamo-la em toda parte, da melhor maneira possível, sob a direção do Vigário de Deus e dos ministros de Deus.
XIV
O que é amar e respeitar o Papa.
É, antes de tudo, obedecer-lhe e permanecer fiel à santa Igreja. Como Nosso Senhor, o Papa pode dizer: "Aquele que me ama, observa minhas leis."
Amar e respeitar o Papa é acreditar com uma fé muito firme e muito pura em tudo o que a Igreja ensina, e especialmente no que o Papa, Chefe da Igreja, ensina em relação aos erros do século em que vivemos. A pureza de uma fé bem católica é a base do amor religioso que todos devemos ao Papa.
Amar e respeitar o Papa é se preocupar com os interesses da Religião, da Igreja, da Santa Sé. A devoção é inseparável do verdadeiro amor; a pessoa se devota porque ama. A indiferença religiosa é um sinal certo de que alguém não ama nem o Papa nem Aquele de quem o Papa é o Vigário.
Quando se ama, quando se respeita o Papa, só se fala dele com reverência; não se permite julgar sua pessoa sagrada, nem seus atos; recebe-se com um coração filial todas as suas decisões, e não se permite que ninguém as contradiga, muito menos que as ridicularize. Qual é o bom filho que deixaria insultar seu pai tranquilamente? Se não se pode sempre impor silêncio às pessoas, ao menos se pode e se deve sempre se separar delas. Corar de vergonha do Papa diante de qualquer um seria uma fraqueza indigna de um verdadeiro católico.
Finalmente, aquele que ama e respeita o Papa não poupa esforços para sua causa, e tenta ganhar a simpatia de todos aqueles com quem convive. Se todos os católicos cumprissem bem esse grave dever, a Igreja praticamente não teria nada a temer dos complôs dos ímpios. Unidos aos nossos sacerdotes, aos nossos Bispos e ao Vigário de Jesus Cristo, formaríamos um exército verdadeiramente invencível.
Que a Virgem MARIA se digne derramar em todos os nossos corações esse espírito de união, de fé e de obediência! Que ela se digne obter de seu Filho um amor franco e verdadeiro pelo infalível Vigário de seu Filho! Especialmente nesta época, essa é a graça das graças; e eu a desejo a você, caro leitor.
Permitam-me aqui avisar as pessoas que desejariam se esclarecer mais sobre essa questão capital, que publico, ao mesmo tempo que este opúsculo puramente popular, outro pequeno trabalho, dedicado às pessoas do mundo, intitulado: O dogma da infalibilidade. Esforcei-me para resumir de forma muito breve e muito clara toda a questão. Primeiro, exponho a doutrina da infalibilidade; depois, examino as objeções levantadas contra essa doutrina; e, finalmente, as objeções levantadas contra o decreto e o Concílio.
Ouso recomendar este pequeno tratado à meditação de todos aqueles que leram panfletos ou jornais que se opunham à definição. É muito perigoso manter sombras e preconceitos quando se trata de uma verdade de fé.
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